quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A IMPORTANCIA DA PEDIATRIA NO BRASIL

Do Portal da SBP- www.sbp.com.br


Especialidades básicas reúnem 37,62%

Dezembro 2011 - Nº 203

Os pediatras estão no topo do ranking brasileiro de número de médicos especialistas, reunindo 27.232 profissionais e representando 13,31% do universo de titulados. Em segundo lugar, os especialistas em Ginecologia e Obstetrícia (22.815 profissionais, representando 11,15%). Juntas, essas especialidades compõem quase um quarto (24,46%) de todos os profissionais titulados no Brasil.
Ainda de acordo com o censo brasileiro de médicos especialistas e generalistas, um dos resultados da pesquisa “Demografia médica no Brasil: dados gerais e descrições de desigualdades”, do Conselho Federal de Medicina (CFM), é o de que as especialidades básicas (Cirurgia Geral, Clínica Médica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, e Medicina de Família e Comunidade) reúnem 37,62% dos especialistas – número significativo, considerando que há ainda outras 48 especialidades reconhecidas pelo CFM em sua Resolução 1.973/11.
Os profissionais dessas cinco áreas, somados aos generalistas (ambos essenciais à atenção primária), representam 65,62% dos médicos brasileiros. Respondendo pela maior parte dos agravos à saúde, os generalistas, com os especialistas titulados em especialidades básicas, são os responsáveis pelo atendimento médico primário, que constitui o primeiro ponto de contato dos pacientes com o sistema de saúde.
“Esses dados nos fazem crer que talvez haja um foco distorcido ao pensar em uma possível desassistência da população em decorrência do número de médicos especializados. Nos dão subsídios para ponderar que o problema da carência, na verdade, é a má distribuição de profissionais. O número de 22.815 especialistas em Ginecologia e Obstetrícia me parece bastante razoável se houvesse uma distribuição equânime”, aponta o presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Etelvino de Souza Trindade.
Trindade aponta, ainda, que os profissionais concentram- se nos grandes centros porque temem a falta de recursos de apoio em locais afastados. “Acredito que a inserção de especialistas, principalmente em áreas básicas, em regiões onde são deficitários, implicaem uma carreira de Estado com remuneração adequada e possibilidade de progressãoprofissional e técnica”, avalia.
O presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), Eduardo da Silva Vaz, também considera que a alegada falta de médicos nas especialidades básicas não é problema numérico, mas sim “de política de saúde para o setor público e o privado”. Em sua experiência como representante de 27.232 profissionais, aponta que muitos pediatras fecharam seus consultórios e estão trabalhando parcialmente na especialidade, pela falta de condições de trabalho e remuneração adequadas. “Não há falta de pediatras, mas sim falta de valorização”, destaca.

Comentário: Concordo com o presidente da SBP, Dr. Eduardo Vaz, que o problema para a dificuldaded de contratação de pediatras não é a falta do especialista e sim a falta de condições e remuneração adequada. O Censo demonstra a importancia da Pediatria no Brasil.
A ausencia de pediatras no interior do Brasil ( como também de outras especialidades) ocorre devido à total insegurança em relação ao futuro de sua atuação na cidade escolhida, principalmente pela interferencia de prefeitos na atuação médica.
Pela carreira federal de médico, já!

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