domingo, 13 de setembro de 2009

CARREIRA DE ESTADO PARA MÉDICOS

Recebo informações privilegiadas sobre a movimentação da Prefeitura de Dias Dávila para deslocar profissionais que trabalham no hospital da cidade para o PSF ou outra área de acordo com a necessidade e vontade do gestor local. Médicos que foram contratados para trabalhar exclusivamente em hospital e com vários anos de serviços prestados ao povo da cidade se veem de uma hora para outra com a perspectiva de terem de mudar a rotina de suas vidas. É um absurdo. Depois os prefeitos ficam com lamúrias e lamentações falando que os médicos não querem ir trabalhar no interior. Como ir se os que vão ficam nas mãos de prefeitos, em sua maioria não cumpridores de acordos e contratos. Se apoiam na impunidade de atos administrativos lesivos à população. No interior é SUS ou PSF, não tem para onde correr. Até em cidades de maior porte é difícil trabalhar e ganhar a vida na rede privada de saúde.
O acordo feito com a gestão da prefeitura hoje poderá ser desfeito na próxima eleição principalmente se o eleito for oposição ao que realizou a contratação. Não há a independencia da classe médica nem garantias da manutenção do serviço.
Daí o movimento pela carreira de Estado para os médicos do Serviço Público, igual ao que acontece com o Judiciário. Isso libertará a classe médica do jugo dos prefeitos e gestores das cidades do interior e terminará o movimento iôiô de médicos. Eles vão para o interior atraídos por falsas e temporárias promessas e depois da desilusão retornam à capital e nunca mais retornam.
O movimento médico está na luta. Cada vez mais eu admiro os Quixotes da Medicina brasileira. A luta é constante e ferrenha. Para vencer, é necessário o trabalho e apoio de todos.

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